Uma escola democrática é uma escola que se baseia em princípios democráticos, em especial na democracia participativa, dando direitos de participação iguais para estudantes, professores e funcionários. Esses ambientes de ensino colocam as vozes da juventude como os atores centrais do processo educacional, ao engajar estudantes em cada aspecto das operações da escola, incluindo aprendizagem, ensino e liderança. Os adultos participam do processo educacional facilitando as atividades de acordo com os interesses dos estudantes.
Outro aspecto importante de uma escola democrática é dar aos estudantes a possibilidade de escolher o que querem fazer com seu tempo. Em muitas escolas, não existe a obrigatoriedade de freqüentar as aulas. Os estudantes são livres para escolher as atividades que desejam ou que acham que devem fazer. Dessa forma aprendem a ter iniciativa. Eles também ganham a vantagem do aumento na velocidade e no aproveitamento do aprendizado, como acontece quando alguém está praticando uma atividade que é do seu interesse. Os estudantes dessas escolas são responsáveis por e têm o poder de dirigir seus estudos desde muito novos.
Provavelmente a escola democrática mais antiga ainda em funcionamento é Summerhill na Inglaterra, que foi fundada em 1921 por A.S. Neill. Summerhill é uma escola particular que nao recebe dinheiro público e nao é obrigada a atender os padrões governamentais. Nos Estados Unidos da América, exemplos conhecidos de escolas bem sucedidas são a Sudbury Valley School, Play Mountain Place, The Circle School e Albany Free School. Na Austrália, a Currambena Primary School existe desde 1969.
Atualmente, redes articulam cerca de 500 escolas que se identificam como escolas democráticas, em países como Austrália, Brasil, Canadá, Dinamarca, Finlândia, Israel, Japão, Nova Zelândia, Rússia, África do Sul, Holanda, Inglaterra e Estados Unidos da América. Desde 1993 ocorre, anualmente, o International Democratic Education Conference (IDEC), em um país diferente a cada ano.
No começo dos anos 70 ocorreu a criação de escolas democráticas financiadas pelo governo. A criação da NOVA Project Alternative High School em Seattle em 1973 é o melhor exemplo. Com os crescentes rigores da moderna reforma educacional, nos anos 90 ocorreu uma volta às práticas de democracia escolar e aumento de seu uso em escolas públicas. Hoje, organizações incuindo The Big Picture Company, a Coalition of Essential Schools, e SoundOut incorporam os princípios de escolas democráticas nos esforços de reforma da educação pública.
O desenvolvimento de escolas livres, popularizadas na década de 70 por Jonathan Kozol, normalmente aplicam os princípios de governança democrática com educação humanística.
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