Menu

30 de set. de 2010

O Som e o Sentido - José Miguel Wisnik


Publicado pela primeira vez em 1989, O som e o sentido mostra um pouco das concepções primordiais do som em cada cultura. O som (organização arbitrária em cada povo) entendido como antítese de ruído, a organização do sentido em meio ao caos sonoro reinante no planeta. Som – palavra. Sonho sentido.
Interessante a distribuição temática do assunto: ao dividir a história da música em períodos em que reinam o Modal, o Tonal e o Serial, Wisnik produz um efeito de ecos no qual a história da música deixa de ser uma mera descrição do passado e se transforma numa verdadeira presentificação dos infinitos sons que circulam pelas mentes e ouvidos do mundo atual.

29 de set. de 2010

O que é ETNOCENTRISMO - Everardo Rocha

          
Perguntar sobre o que é etnocentrismo é, pois, indagar sobre um fenômeno onde se misturam tanto elementos intelectuais e racionais quanto elementos emocionais e afetivos.

“Música” é a arte de combinar os sons e o silêncio



Podemos dizer que a “Música” é a arte de combinar os sons e o silêncio. Se pararmos para perceber os sons que estão a nossa volta, concluiremos que a música é parte integrante da nossa vida, ela é nossa criação quando cantamos, batucamos ou ligamos um rádio ou TV.

25 de set. de 2010

Graffiti Stop Motion - by BLU

O artista argentino Blu acaba de aprontar mais um dos seus espetaculares vídeos com animações a partir de intervenções urbanas que ele faz.
O resultado, como sempre, ficou incrível. Além da Novidade você pode conferir mais alguns trabalhos deste gênio da técnica Stop Motion.

Esculturas feitas com goma de mascar

O artista italiano Maurizio Savini usa em suas obras uma matéria-prima bem diferente para fazer suas obras: goma de mascar rosa.  Veja algumas de suas obras:
mauriziosavini1rl8 Esculturas feitas com goma de mascar

mauriziosavini2wu7 Esculturas feitas com goma de mascar

mauriziosavini4ml6 Esculturas feitas com goma de mascar

22 de set. de 2010

Michelangelo e a Capela Sistina


A Capela Sistina localiza-se na Cidade do Vaticano, mais precisamente no palácio apostólico, que é a residência do Papa Bento XVI. O Vaticano é uma espécie de país dentro da cidade de Roma, sob o comando da Igreja Católica. 


É nesta famosa capela que os cardeais da igreja escolhem o próximo Papa. Ela foi construída no final do século XV, encomendada pelo papa Sisto IV, e levou oito anos para ficar pronta. São 40,9 metros de comprimento, 13,4 metros de largura e 20,7 metros de altura. 

Inicialmente, suas paredes foram decoradas com afrescos dos principais artistas renascentistas da época como Botticelli, Rosselli, Signorelli, Ghirlandaio e Perugino. A cidade de Florença era o centro das artes naquele momento, mas com a grande chamada de artistas para Roma na conclusão desta obra, Sisto IV foi responsável por mudanças na História da Arte. 

No entanto, apenas anos depois, em 1508, Michelangelo foi chamado a Roma pelo então papa Júlio II. Inicialmente ele, que se considerava antes de tudo um escultor, foi convidado para fazer o mausoléu do Papa, mas acabou destinado a pintar o teto da Capela Sistina. 

No pontificado do papa Paulo III, em 1534, Michelangelo volta à Capela Sistina para realizar a obra O Juízo Final, localizada atrás do altar. Esta pintura grandiosa levou cerca de sete anos para ser finalizada. 

O Vaticano proporciona agora um tour virtual para que você possa passear pela capela Sistina e admirar suas obras sem sair de casa. O site oferece ampla visão do local e imagens – ou pelo menos a maioria delas - em alta resolução. O Baixaki une história e tecnologia para fazer um pequeno tutorial deste monumento histórico.

Clique para acessar!

Artista cria impressionantes esculturas usando pontas de lápis...

Você já deve ter visto vários artistas usando o lápis para criar arte, mas nada se compara ao que o Dalton Ghetti faz.
O brasileiro, que agora vive em Bridgeport, Connecticut, desenvolveu uma curiosa técnica em que usa a ponta dos lápis para criar esculturas.

Curiosamente, o carpinteiro usa três ferramentas bem simples para construir suas obras – uma lâmina de barbear, agulhas de costura e faca. Ele ainda se recusa a usar lupa e nunca vendeu nenhum de seus trabalhos, que são dados de presente a amigos. Dalton declarou ao site britânico The Telegraph: “Uso agulha de costura para fazer furos ou cavar o grafite. Do nada crio linhas e lentamente transformo o grafite com a mão”.
Dalton disse que tem mais de 100 esculturas que se quebraram enquanto ele trabalhava nelas. Ele as chama carinhosamente de “a coleção cemitério”.

16 de set. de 2010

Pedagogia da Autonomia



Pedagogia da Autonomia é um livro da autoria do educador brasileiro Paulo Freire, sendo sua última obra publicada em vida. Apresenta propostas de práticas pedagógicas necessárias à educação como forma de construir a autonomia dos educandos, valorizando e respeitando sua cultura e seu acervo de conhecimentos empíricos junto à sua individualidade.
A obra reúne experiências e novos métodos, que valorizam a curiosidade dos educandos e educadores, condenando a rigidez ética que se volta aos interesses capitalistas, que deixam à margem do processo de socialização os menos favorecidos.
Como eixo norteador de sua prática pedagógica, Freire defende que "formar" é muito mais que formar o ser humano em suas destrezas, atentando para a necessidade de formação ética dos educadores, conscientizando-os sobre a importância de estimular os educandos a uma reflexão crítica da realidade em que está inserido.
Enfatiza alguns aspectos primordiais, porém nem sempre adotados pela sociedade atual, como: simplicidadehumanismoética e esperança, já que, na sua visão, o capitalismo leva a sociedade a um consumismo exacerbado e a uma alienação coletiva, através, principalmente, dos veículos de comunicação de massa.
Segundo o autor, o fracasso educacional deve-se em particular a técnicas de ensino ultrapassadas e sem conexão com o contexto social e econômico do aluno, mantendo-se assim o status quo, pois a escola ainda é um dos mais importantes aparelhos ideológicos do Estado.
VERSÃO DO LIVRO EM PDF CLIQUE AQUI

13 de set. de 2010

Museu de Cera - Ron Mueck








Revolucionário na arte da escultura, hiper-realista, Ron Mueck, nasceu  em Melbourne, na Austrália, em 1958. Mueck privilegia o nu, como na Grécia antiga, enfatizando, em suas obras, a presença física,  sua robustez e peso.

Confira a galeria de imagens e surpreenda-se!

12 de set. de 2010

Como Desenhar - Vídeo Aulas

Como Desenhar Rosto



Como Desenhar Cartoon



Como Desenhar Personagens para HQ e Animação



Como Desenhar Perspectiva



Como Desenhar Rosto de Mangá



Como Desenhar Rosto Feminino



Curso Online Magno Brasil acesse:
http://visuartonline.com.br/

DVD Aprenda a Desenhar com Magno Brasil - Mangá:
http://www.americanas.com.br/AcomProd/589/3092780

10 de set. de 2010

Transfer Art




Arte urbana e contemporânea, transferências e transformações - é uma extensa e complexa mostra de arte urbana e contemporânea sobre seres criativos que surgem de um universo paralelo da arte. Artistas com raízes ligadas a movimentos da contracultura como o punk, o hip hop, o fanzine e o graffiti, cuja produção ainda é pouco estudada e documentada. A mostra proporciona pontos de partida para se explorar e discutir esses universos criativos que estão conquistando cada vez mais espaço na sociedade e fundindo-se ao circuito de exposição, discussão e comercialização da arte contemporânea.

A Fotografia Impressionante de Philipp Klinger



Philipp Klinger é sem dúvida um dos meus fotógrafos favoritos. Seu trabalho é redondo e tem fotografias de todos os tipos. Uma das coisas que me impressiona no trabalho dele é que ele não se importa em dividir como fez a foto, o que queria transmitir com a foto, etc. Cada uma de suas fotografias é uma peça de arte, você precisa conferir.


Visite:


5 de set. de 2010

Desenho com areia - Ilana Yahav / Kseniya Simonova

Simplesmente fantástico, bárbaro, show......
veja mais:
http://www.sandfantasy.com/



Simplesmente fantástico os desenhos que essa mulher cria, usando areia, talento, e imaginação.



Maravilhosa descrição da segunda guerra utilizando desenhos em areia. Simonova venceu o concurso de talentos com esta apresentação.


Um pouco da Arte do Teatro de Formas Animadas...








Gostou? Então você pode participar do:

10º Festival de Teatro de Formas Animadas de Jaraguá do Sul – SC.
Data: 06 a 09 de outubro de 2010.
Realização: SCAR
Apoio: UDESC

e

7º Seminário de Estudos sobre Teatro de Formas Animadas
Jaraguá do Sul, SC – 7, 8 e 9 de outubro de 2010.
Local: Centro Cultural da SCAR
Promoção: SCAR e UDESC

O Professor Alaor confirmou a ida conosco e gostaría que aos interessados confirmassem o interesse enviando o NOME, GLR e RG. para elizangela.sarraff@yahoo.com.br.

2 de set. de 2010

Apresentação Vida Estudantil - Prof. Katuta e Prof. André

Aconteceram nessa Quinta(02/09) e no dia 29/08 da semana passada. O objetivo das apresentações realizadas pelos alunos era que cada um contasse um pouco da sua trajetória escolar através de uma expressão artística que ele escolhesse ou por depoimento. Foram muitas as manifestações de Arte que surgiram desde teatro, passando por pintura, desenhos, versos, vídeo entre outros. Acreditamos que a proposta foi alcançada e com muita criatividade.

Clique abaixo e confira as fotos:

1 de set. de 2010

Criador Sobrenatural - 8 bit

O alemão Mareike Ottrand é estudante na Academia de Filmes Baden-Württemberg, em Stuttgart. Ele decidiu recriar a narrativa bíblica da Criação no estilo dos video games de 8bits. “Criador Sobrenatural 2″ é o nome de vídeo original. O final é um pouco diferente, mas vale o click.



SUPERNATURAL CREATOR 2 from Mareike on Vimeo.

Edvard Munch - O Grito


Edvard Munch frequentou a Escola de Artes e Ofícios de Oslo, vindo a ser influenciado por Courbet e Manet. No campo das ideias, o pensamento de Henrik Ibsen e bjornson marcou o seu percurso inicial. A arte era considerada como uma arma destinada a lutar contra a sociedade. Os temas sociais estão assim presentes em O Dia Seguinte e Puberdade de 1886.
Com A Menina doente (Das Kränke Mädchen - 1885) inicia uma temática que surgiria como uma linha de força em todo o seu caminho artístico. Fez inúmeras variações sobre este último trabalho, assim como sobre outras obras, e os seus sentimentos sobre a doença e a morte, que tinham marcado a sua infância (a mãe morreu quando ele tinha 5 anos, a irmã mais velha faleceu aos 15 anos, a irmã mais nova sofria de doença mental e uma outra irmã morreu meses depois de casar; o próprio Edvard estava constantemente doente), assumem um significado mais vasto, transformados em imagens que deixavam transparecer a fragilidade e a transitoriedade da vida.Edvard Munch Em Paris, descobre a obra de Van Gogh e Gauguin, e indubitavelmente o seu estilo sofre grandes mudanças.

O Grito (no original Skrik) é uma pintura do norueguês Edvard Munch, datada de 1893. A obra representa uma figura andrógina num momento de profunda angústia e desespero existencial. O pano de fundo é a doca de Oslofjord (em Oslo) ao pôr-do-Sol. O Grito é considerado como uma das obras mais importantes do movimento expressionista e adquiriu um estatuto de ícone cultural, a par da Mona Lisa de Leonardo da Vinci.









Curiosidades


Em 1892 o convite para expor em Berlim torna-se num momento crucial da sua carreira e da história da arte alemã. Inicia um projecto que intitula O Friso da Vida. Edvard Munch representou a dança em 1950.
Aos trinta anos ele pinta O Grito, considerada a sua obra máxima, e uma das mais importantes da história do expressionismo. O quadro retrata a angústia e o desespero e foi inspirado nas decepções do artista tanto no amor quanto com seus amigos. O Grito é uma das peças da série intitulada The Frieze of Life [O Friso da Vida]. Os temas da série recorrem durante toda a obra de Munch, em pinturas como A Menina Doente (1885), Amor e Dor (1893-94), Cinzas (1894) e A Ponte. Rostos sem feições e figuras distorcidas fazem parte de seus quadros.
Em 1896, em Paris, interessa-se pela gravura, fazendo inovações nesta técnica. Os trabalhos deste período revelam uma segurança notável. Em 1914 inicia a execução do projecto para a decoração da Universidade de Oslo, usando uma linguagem simples, com motivos da tradição popular.
Munch retratava as mulheres ora como sofredoras frágeis e inocentes (ver Puberdade e Amor e Dor), ora como causa de grande anseio, ciúme e desespero (ver SeparaçãoCiúmes e Cinzas). As últimas obras pretendem ser um resumo das preocupações da sua existência:Entre o Relógio e a CamaAuto-Retrato de 1940. Toda a obra está impregnada pelas suas obsessões: a morte, a solidão, a melancolia, o terror das forças da natureza.

Os Problemas Da Estética: Uma Visão Critíca De Luigi Pareyson



A tentativa de definição do termo "estética" há de ser sempre um desafio, uma abertura de sentido múltiplo e difuso no âmbito das artes. Os preceitos que compreendem a natureza e a tarefa da estética são de caráter filosófico e se diferenciam dos conceitos de poética e de crítica de arte. É precisamente isso que mostra a obra Os problemas da estética, de Luigi Pareyson, particularmente no Capítulo I – Natureza e tarefa da estética. O livro foi publicado pela editora Martins Fontes, em 2001.
Nesse estudo, o autor afirma que para explicar o significado de "estética" não se poderá fazer grandes avanços partindo da etimologia do termo, adotado no século XVIII, pela influência do romantismo alemão que evidencia a relação entre o belo e o sentimento. O conceito de estética desde então foi construído, tendo como ponto de reflexão o surgimento da arte moderna,segundo a qual o belo, no sentido clássico, não era mais objeto da arte. Logo, esta reflexão levou a idéiade que a beleza não estaria no objeto, mas no resultado da arte. Esse processo levou-nos a entender hoje o termo estética como toda a teoria que, de qualquer modo se refira ao belo, num sentido amplo,onde quer que ele se expresse, seja no mundo sensível ou inteligível.
A maneira com que Pareyson desenvolve o assunto nos traz um claro entendimento dequestões que costumam promover diversas dúvidas, principalmente ao discutir a natureza e o caráter da estética, que, para ele, trata-se de uma reflexão filosófica ou reflexão empírica.
Após apresentar os argumentos dos que defendem a filosofia "no sentido de definir o que é ou deve ser a arte" (p.2), ou que a filosofia tem um caráter especulativo e a estética, como a filosofia, tem também um caráter especulativo não necessitando da experiência direta do crítico ou do artista. Observa-se, também, os que acreditam que a estética não é filosofia, por ser intermediária entre a filosofia e a história da arte, ou "por não se encarregar de dar uma definição geral da arte" (p.3).
É por meio desse embate que Pareyson direciona seu pensamento sobre a estética, ao mostrar que a filosofia não traz normas, mas sim especulações que emergem da experiência estética, isto é, faz uma reflexão sobre os problemas da beleza e da arte, reflexão essa que se constrói sobre a experiência estética. Nesse sentido, a estética não terá normas. Ela se servirá da poética e da crítica para direcionar normas e regras à arte.
Vale dizer que o autor apresenta a tese de que "a estética é e não pode deixar de ser filosofia" (p.4), por manter sua autonomia de reflexão sobre a experiência estética.
Com efeito, é partindo da experiênciasempre aberta e histórica que a filosofia se renova continuamente estimulada pelos problemas que ela faz surgir da experiência.
É por isso que a natureza da estética é ampla, na medida em que não é normativa, como o faz a poética, e não agrega diferentes preceitos a fim de julgar o que é arte, papel da teoria de arte e da crítica.
A estética abre a discussão sobrea relação do leitor com a obra, para alcançar por meio da experiência estética conclusões teóricas universais.
Indubitavelmente, a estética não está preocupada com uma obra específica, mas sim com um conjunto de obras que permitam ao teórico criar teorias.
Aspecto da relevância da estética, segundo Pareyson é que esta não quer ser normativa, enão é. Ela especula sobre a experiência concreta da arte, e precisa da poética para normativizar e explicitar as leis e regras de determinada arte. Dessa forma, Pareyson nos apresenta a questão da experiência estética como ponto fundamental para discutir o caráter especulativo daestética.
No que concerne ao caráter concreto da estética, o autor aprofunda a relação da estética com a experiência concreta, considerando-as indissoluvelmente unidas, de forma que a especulação sem base na experiência torna-se estéril abstração. Ao mesmo tempo, a análise dos objetos estéticos sem o aprofundamento filosófico torna-se mera descrição.
O autor também aponta dois caminhos diferentes, porém convergentes para se chegar à questão da estética: o primeiro por meio do filósofo que dedica seu pensamento à arte, e o segundo investigando a própria arte. Portanto, quando da experiência concreta com a arte surge uma consciência crítica sobre a própria atividade artística, desde que os dois caminhos passem por examinar a própria obra de arte em si mesma e por um aprofundamento especulativo, como é mais da especificidade da estética.
Para diferenciar aestética da crítica, oteórico afirma de forma bastante clara queaquela não pode ser confundida com a crítica, na medida em que a crítica faz parte da experiência estética como objeto de seu estudo.
O trabalho da estética não é o de estabelecer critérios de análise para o crítico, mas, à medida que analisa posteriormente os critérios usados pela crítica, revela uma reflexão que serve ao crítico e acaba por interferir decisivamenteno seu trabalho e no do artista.
Para Luigi Pareyson, estética e teoria da arte também são distintas, uma vez que a teoria desenvolve normas e regras para a arte.
De fato, o autor esclarece a diferença entre crítica e poética ao mencionar que a "poética diz respeito à obra por fazer e a crítica avalia a obra feita: a primeira tem atarefa de regular a produção da arte, e a crítica a de avaliar a obra de arte" (p.10-11).
Por essa via, entende-se que a obra dita o método de análise, pois se "a poética é designada num código de normas e preceitos, e a crítica é governada por um método declarado" (p.11), logo a própria obra é "portadora de índice do próprio valor para o qual exige e solicita reconhecimento" (p.11).
A crítica observa a obra levantando o valor que ela indicia para si mesma, na sua configuração estética, e propõe uma discussão entre o método e o fazer da obra, a partir da própria obra.
Por esse contexto, a poética diz respeito ao fazer, a fatura, a produção da obra, mas a crítica, como afirma Pareyson, já tem à mão a obra feita, basta descobrir essa produção e fazer a avaliação do poético, ou seja, a crítica poética.
Todos os problemas recolhidos nos diversos âmbitos artísticos devem ser tratados pela estética, sem deixar de levar em conta a unidade da arte, e os conceitos universais elaborados pela estética devem ser tratados nos diversos campos da arte.
Já ao diferenciar estética e poética, Pareyson nota que a estética não pode transformar em divergência filosófica as batalhas que asdiversas poéticas travam ao longo do tempo, uma vez que não se pode contrapor filosoficamente questões de arte que são, na verdade, diferenças no plano do gosto.
Uma determinada poética tem validade dentro de seu campo de atuação, mas em razão de a poética determinar normas, passa a querer definir como arte apenas as que seguem suas regras, apresentando a intenção de tornar-se estética, fugindo da sua especificidade ao considerar a experiência poética.
Nesse sentido, Pareyson afirma que uma poética é eficaz somente quando propõe normas que traduzem toda a espiritualidade de uma época transformada em expectativa de arte. É assim que Pareyson ensina ao leitor especializado como se deve ler as correntes da crítica.
Reafirmando o que já foi mencionado, a natureza e a tarefa da estética não são normativas, pois tem caráter filosófico – mantém sua autonomia de reflexão sobre a experiência estética, porém a poética e a teoria de cada arte são de caráter normativo – desenvolvem normas e regras sobre as questões da arte, estabelecem seus limites. A poética precede a obra, "obra por fazer" (p.10), regula a produção artística e a crítica analisa, avalia a obra feita. Mas a arte é um fazer, que tem um sentido mais intenso, já que não se trata do simples executar de uma atividade artística, a arte é invenção, criação, não apenas de objetos que têm vida própria, mas de formas originais que transcendem a realidade, justamente por recriá-las.
Luigi Pareyson mostra nessa obra não somente a trajetória dos estudos de crítica e estética, mas também nos oferece suporte teórico para a compreensão das diferentes correntes literárias. O teórico, de forma didática, sem perda do rigor de sua análise, apresenta-nos uma reflexão complexa e instigante, que traz com justeza informações relevantes sobre os elementos da poética, da crítica e da estética de uma obra de arte, ao mesmo tempo, caracterizando-as na sua especificidade.
Em suma, a estética é do âmbito da filosofia, mas pesquisa a expressão artística. Para tanto, terá que levar em conta outras áreas que estão intrinsecamente ligadas à arte, tais como a poética, a crítica, a teoria de cada arte, a história da arte, a experiência do artista, o leitor, embora, de acordo com Pareyson, a estética se distingade todas essas áreas. Ela vai mais fundo e mais além, pois pela sua natureza especulativa (daí ser identificada a filosofia), se propõe a chegar a conclusões mais universais sobre a arte. Parece-nos que a natureza e o caráter da filosofia se caracterizam por especular sobre tudo. Sua grande questão é: Por quê? Já a estética especula sobre a expressão artística, levando suas indagações ao seu limite.




Escrever "ME LAVE" todo mundo faz... Faça diferente!

E ai está uma forma simples e bela de arte. Só necessita de muita imaginação, um pincel e vários carros badalhocos.
















Fonte: http://garciamarco.wordpress.com/2006/09/04/isto-sim-e-arte/

Os perigos de desenhar demasiado bem …




Fonte: http://garciamarco.wordpress.com/2006/08/22/os-perigos-de-desenhar-demasiado-bem/